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Vício em apostas esportivas: como funciona a mente de um viciado?

Rafael Ávila
Atualizado em 24 de novembro de 2025

Entender o vício em apostas esportivas é fundamental para reconhecer comportamentos de risco, identificar sintomas e — principalmente — saber quando é hora de buscar ajuda. No Buteco do Clubão, o psicólogo Rafael Ávila, referência nacional em ludopatia e jogo responsável, explicou com profundidade como funciona a mente de alguém que perdeu o controle sobre o ato de apostar.

A seguir, você vai entender a relação entre apostas e outros vícios, os sinais de alerta e por que esse problema pode se desenvolver de maneira silenciosa antes de se tornar devastador.

O que é o vício em apostas esportivas?

A ludopatia — o vício em jogos e apostas — é uma dependência comportamental caracterizada pela perda de controle. O erro comum é imaginar que apenas quem perde grandes quantias está doente. Na prática, segundo Rafael, os sinais aparecem muito antes do endividamento extremo.

Um dos primeiros marcadores é a prioridade exagerada dada às apostas no dia a dia.

“A pessoa acorda e a primeira coisa que faz é abrir o site para ver os jogos ou montar a múltipla do dia. Quando o jogo domina sua agenda, já há um comportamento de risco.”

Segundo ele, o ponto de atenção não está no dinheiro perdido, mas na impossibilidade de parar, mesmo quando o apostador se impõe limites claros.

A diferença entre gostar de apostar e perder o controle

Para Rafael, o vício se torna evidente quando a pessoa não consegue mais respeitar seus próprios limites.
Isso vale tanto para dinheiro quanto para tempo.

“Se você disse a si mesmo que hoje vai apostar R$ 500 e, após perder, coloca mais R$ 100… depois mais R$ 200… isso já é uma flexibilização perigosa.”

Esse padrão — conhecido como “corrida atrás do prejuízo” — é um dos sinais mais comuns do vício em apostas. Não é sobre ganhar ou perder, mas sobre a incapacidade de parar mesmo quando existe consciência do risco.

Outros sinais comuns incluem:

  • irritabilidade quando não está apostando;
  • ansiedade e impulsividade;
  • insônia por conta das apostas;
  • necessidade de apostar em horários específicos;
  • mentiras para familiares sobre o tempo ou dinheiro investido.

A relação entre vício em apostas e dependência química

Um ponto central da entrevista foi a relação direta entre vício em apostas e dependência química. Em termos científicos, a diferença entre ambos está apenas no objeto da dependência — o mecanismo cerebral é praticamente o mesmo.

Rafael explica:

“Em termos de patologia, o que muda é só o objeto. Os sintomas são iguais: fissura, abstinência, perda de controle e pensamentos intrusivos. A ativação cerebral de um dependente em jogo é muito semelhante à de um dependente em cocaína.”

Ele reforça que isso não significa que o jogo causa o mesmo impacto físico que uma droga — mas o padrão mental, emocional e comportamental de quem desenvolve a dependência é quase idêntico.

Por isso, quem já teve problemas com álcool ou drogas tem risco muito maior de desenvolver vício em apostas. O mesmo vale para pessoas com histórico familiar de dependência.

Por que algumas pessoas desenvolvem vício e outras não?

Segundo Rafael, o vício em apostas não surge apenas do hábito de jogar.
Ele depende de uma combinação de fatores:

  • predisposição genética;
  • histórico familiar de vícios;
  • impulsividade;
  • emoções mal reguladas;
  • dificuldade de lidar com frustração;
  • contexto social e financeiro.

Por isso, duas pessoas podem apostar a mesma quantidade e ter experiências completamente diferentes: uma mantém o equilíbrio, enquanto a outra perde o controle rapidamente.

Quando o alerta deve acender?

Rafael destaca um critério simples e poderoso para identificar o início do problema:

“Uma forma de conhecer sua relação com o jogo é observar o quanto você consegue respeitar os limites que você mesmo impôs.”

Se a pessoa não consegue parar quando disse que pararia — seja no tempo, no dinheiro ou na frequência — há risco real de evolução para dependência.

Outro sinal crítico é o uso de dinheiro que não existe: empréstimos, cartão de crédito, cheque especial, antecipação de salário.
A partir desse ponto, o jogo deixa de ser entretenimento e passa a comprometer a vida financeira, emocional e familiar.

Conclusão: conhecimento é o primeiro passo para a prevenção

O vício em apostas esportivas não surge de uma vez só. Ele cresce em silêncio, nos pequenos excessos, nas escapadas de limite, na ansiedade em abrir o site ao acordar.

A fala de Rafael Ávila deixa claro: não é preciso vender o carro para estar com um problema sério.
Os sinais estão nos hábitos, no comportamento, na necessidade incontrolável de continuar apostando.

Se você identifica esses padrões em si mesmo ou em alguém próximo, buscar ajuda especializada é o caminho mais seguro para recuperar o controle.

E lembre-se: apostar deve ser lazer, nunca uma forma de escapar de problemas financeiros ou emocionais.

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Perguntas frequentes sobre vício em apostas esportivas

Quem já teve problemas com drogas pode desenvolver vício em apostas mais facilmente?

Sim. Segundo Rafael Ávila e outros especialistas, ambos os vícios ativam regiões cerebrais semelhantes e compartilham mecanismos de perda de controle. Por isso, quem já teve dependência química deve evitar apostas.

O vício em apostas pode gerar sintomas físicos?

Sim. Embora não envolva substâncias, a abstinência pode causar sintomas como insônia, irritabilidade, ansiedade extrema e até crises emocionais intensas.

A abstinência no vício em apostas é parecida com a de drogas?

Em aspectos emocionais, sim. O paciente pode apresentar fissura intensa, depressão, pensamentos acelerados e dificuldade de controlar impulsos — mecanismos idênticos aos da dependência química.

Como saber se o hábito de apostar está virando vício?

Alguns sinais de alerta incluem: não conseguir parar, apostar para recuperar perdas, mentir para a família, quebrar limites financeiros, sentir ansiedade quando não está jogando e priorizar apostas acima de outras áreas da vida.

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Escrito por
Autor
Rafael Ávila Psicólogo especializado em jogo responsável e dependência em jogos de azar

Rafael Ávila é psicólogo formado pela UFPB e especialista em dependências comportamentais, ludopatia e jogo responsável. Sua trajetória une formação acadêmica sólida com experiência prática dentro do mercado de apostas, onde acompanhou de perto os impactos emocionais e comportamentais que o jogo pode causar. Em 2021, fundou um consultório dedicado ao tratamento de ludopatia e ao acompanhamento de apostadores, tornando-se referência nacional no tema. Convidado pelo Clube da Aposta para participar do nosso Boteco — espaço onde debatemos as verdades do mercado sem filtro — Rafael agrega ao ecossistema uma visão humana, técnica e corajosa sobre como jogar com consciência e responsabilidade.

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