O mercado das apostas em tênis oferece grandes oportunidades pra nós, apostadores e traders. Entretanto, o esquema de manipulação dos resultados, normalmente liderado pelas máfias de apostadores, segue manchando o circuito de tênis e a integridade dos tenistas.
Portanto, neste artigo, vamos explicar como funciona a máfia das apostas e porque diversos tenistas estão sendo suspendidos e/ou banidos pelo órgão responsável, a Unidade de Integridade do Tênis (TIU, na sigla em inglês) – devido a venda de partidas.
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Como funciona o modus operandi das máfias de apostas?
Nos últimos anos, tivemos dois jogadores brasileiros que foram banidos do tênis profissional. São eles: o paulista João Souza, mais conhecido como Feijão, que alcançou a posição #69 no ranking de simples, e o tenista gaúcho Diego Matos, que alcançou a posição #241 no ranking de duplas.
Normalmente, os tenistas são abordados via redes sociais. Neste primeiro contato, os mafiosos dizem que estão interessados em ”patrocinar” o jogador. Caso o mesmo não demonstre interesse, os mafiosos são ainda mais diretos e enviam propostas para que os tenistas vendam suas partidas.
Neste artigo, o jornalista Sebastián Torok explica detalhadamente uma proposta realizada ao tenista argentino, Marco Trungelliti, atual #230 do ranking mundial.
Por que os tenistas aceitam as propostas das máfias?
Nos torneios menores, a premiação em dinheiro é muito baixa. Assim sendo, a grande maioria dos jogadores precisam pagar do próprio bolso as despesas para jogar o circuito de tênis. Por isso, as propostas acontecem com mais frequência nos torneios Futures e Challengers.
Por exemplo, o Australian Open, um dos 4 maiores torneios do tênis mundial — distribuiu 62 milhões de dólares australianos na sua última edição, em 2020. Como a modo de comparação, o menor torneio profissional distribui 15 mil dólares de premiação, ou seja, esse valor não é suficiente para o jogador pagar todas suas despesas.
Por isso, muitos tenistas aceitam as propostas por estarem vulneráveis financeiramente. Algumas máfias de apostadores chegam a oferecer de 5 à 10 mil dólares para que os tenistas vendam suas partidas. Confira a história do tenista argentino, Nicolás Kicker:
Como funciona a investigação dos tenistas e da máfia?
A Unidade de Integridade do Tênis (TIU, na sigla em inglês) é o órgão responsável pela investigação e punição das pessoas envolvidas nos esquemas de manipulação e venda de resultados.
Nas investigações, a TIU trabalha em função dos ”match alerts” que são comunicados pelas casas de apostas. Esses ”match alerts” informam que houve um padrão incomum de apostas.
Caso aconteça um volume anormal de apostas, a TIU é informada pelas bookies e, assim, começam as investigações. Além disso, os tenistas são obrigados a cooperar com as investigações. Caso o tenista recusa-se a ajudar, ele também pode ser punido pelo órgão.
A Unidade de Integridade do Tênis também pode enviar investigadores para coletar informações dos árbitros e organizadores que trabalharam nos torneios envolvidos.
Porque o tenista brasileiro João Souza foi banido?
O tenista brasileiro João Souza (Feijão), foi considerado culpado em casos de manipulação nos torneios Challengers e Futures que disputou no Brasil, México, Estados Unidos e República Checa. Além disso, ele não cooperou com as investigações da TIU, porque não relatou propostas e destruiu provas importantes da investigação.
O jogador brasileiro foi banido do tênis profissional pelo resto da vida. Ele não poderá competir ou sequer entrar em qualquer evento organizado ou reconhecido pelo órgãos que regem o tênis atualmente.
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